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Tuk tuk cai no gosto de empresários baianos

                         Giovani Ramos, da Princesa, trocou veículo de carga por tuk tuk - Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE
Triciclos inspirados no riquixá tailandês, mais conhecidos como tuk tuks, são a nova aposta de empresários de Salvador para vencer os desafios de mobilidade. Mais compactos e fáceis de estacionar, os veículos se transformaram em soluções de logística mais baratas para empreendedores.
Pioneiro em trazer a novidade para compor a frota de seu negócio, o empresário João Ramos, do Grupo Limiar, fabricante de pães, atualmente tem 15 triciclos rodando para a entrega dos seus produtos. Há cerca de um ano, ele adquiriu três desses veículos. Com a experiência positiva, a frota foi sendo ampliada.  No próximo ano, ele pretende dobrar o  número de veículos.
"A ideia de usar esse veículo foi por conta do tipo de produto que a gente distribui. É um produto que as pessoas consomem diariamente e por isso querem consumir um produto fresco. Por conta disso, a logística se torna muito relevante", afirma Ramos. Segundo o empresário, o tamanho do triciclo trouxe mais agilidade na entrega em vários pontos da cidade, principalmente em ruas mais estreitas de Salvador, onde um caminhão teria mais dificuldade de ser estacionado.
No Brasil, a Motocar é a única fabricante desse tipo de veículo. Outras empresas  modificam motocicletas para o mesmo fim. "O nosso triciclo é destinado para pequenos e médios empresários. São pessoas que precisam fazer um trabalho logístico, mas fazem a opção de usar um triciclo e não um caminhão ou outro utilitário, porque eles têm um custo-benefício melhor do que o veículo comercial leve", afirma o diretor comercial da Motocar, Carlos Araújo.
Um triciclo de carga novo pode ser adquirido a partir de R$ 18 mil. O concorrente direto  é o Fiorino, da Fiat, que custa em média R$ 40 mil. No caso do triciclo, há certas limitações. A capacidade de transporte é de até 350 quilos  e a velocidade máxima chega a 60 quilômetro por hora, o que o torna menos viável  para longas distâncias.
Além das entregas, o fabricante indica o veículo para setores de alimentação, em substituição das vans utilizadas em food trucks, que podem chegar a R$ 80 mil. O modelo para transporte de passageiros já é utilizado em Belo Horizonte (MG) no setor turístico.
Redução de custos
Foi a diminuição nos custos que fez o empresário Giovani Ramos, da Panificadora Princesa,  trocar o seu antigo veículo de carga por um triciclo. Ele também cita a economia de combustível como um fator positivo. O veículo faz 20 quilômetros por litro de gasolina, segundo o fabricante.
"Antes eu utilizava uma Fiorino, que tem  seguro  mais alto,  além de precisar contratar um  motorista, um profissional com um salário mais alto e com  mais dificuldade de encontrar do que um motoqueiro. Com menos da metade do custo, o triciclo faz o mesmo serviço dentro de Salvador. Mas não serve para distâncias acima de 300 quilômetros, se tiver que deslocar de um município para outro", diz Ramos.
No Brasil há três anos, a Motocar terá três concessionárias  na Bahia a partir de janeiro, em Teixeira de Freitas, Ilhéus e Feira de Santana. Ainda sem inauguração oficial, a revenda autorizada de equipamentos Casa dos Implementos, em Feira, já comercializa o veículo.
Apesar de poder representar economia a longo prazo, o  gestor de projetos do Sebrae-BA, Fabrício Barreto, aconselha que a decisão de compra de um triciclo seja feita após muito planejamento do empresário.
"Para qualquer intervenção que o empreendedor venha a fazer, é preciso que ele faça uma avaliação do custo-benefício. São análises que precisam ser feitas para não comprometer os resultados", diz Barreto. Com a análise e o plano de negócios em mãos, o empresário pode ter mais facilidade de conseguir um financiamento subsidiado para adquirir o veículo.

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