Seu nome oficial é GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast, mas é mais fácil se lembrar da sigla em inglês, MOAB, que também inspira seu apelido famoso: "Mother of all Bombs", ou seja, "a mãe de todas as bombas".
Ela faz parte do arsenal dos Estados Unidos e seu poder explosivo só perde para uma bomba nuclear, como as usadas no Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Nesta quinta-feira, uma MOAB foi lançada pelos militares dos EUA em uma operação de combate ao grupo autodenominado Estado islâmico (EI) no Afeganistão, informou o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer.
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O ataque ocorreu às 19h32 (horário local) - o alvo era um "sistema de túneis e cavernas" que os EUA dizem ser usados pelos extremistas em Nangarhar, no leste do Afeganistão.
"Os Estados Unidos estão numa séria luta contra o Estado Islâmico. Para derrotar o grupo, devemos negar-lhes espaço operacional - foi o que fizemos", disse Spicer diante de jornalistas na Casa Branca.
Poderosa
A MOAB é uma bomba de 9,8 toneladas, o que é equivalente à potência de 11 toneladas de TNT e a torna a arma mais poderosa depois das bombas de reação nuclear.
No entanto, está muito longe de causar o tipo de destruição provocado por bombas atômicas como a que os Estados Unidos jogaram na cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
Ela foi testada pela primeira vez em 2003, na Flórida, enquanto os EUA realizavam operações no Iraque e no Afeganistão em decorrência dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Até então, ela nunca tinha sido usada em combate, explica o repórter de defesa da BBC, Jonathan Marcus.
"É uma arma enorme, guiada por GPS. O seu efeito principal é uma enorme explosão numa área imensa", diz.
A bomba tem um comprimento de nove metros e geralmente é carregada por um avião Hércules MC-130, que a libera com a ajuda de um paraquedas. O GPS serve de guia até o alvo.
A arma foi desenvolvida por Albert L. Weimorts Jr., do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, e é "uma versão maior das armas usadas durante a Guerra do Vietnã", afirma Marcus.
'A munição adequada'
"Estamos muito orgulhosos dos nossos militares. Foi um evento de sucesso", disse, em um breve comunicado, o presidente dos EUA, Donald Trump.
Nas primeiras horas após o lançamento da MOAB no leste do Afeganistão, ainda não se sabia se ela tinha causado mortes ou e qual era nível de destruição no terreno.
"As forças americanas tomaram todas as precauções para evitar baixas civis com este ataque", informou um comunicado do Comando de Operações dos EUA no Afeganistão.
O ataque foi realizado na mesma região onde um soldado americano morreu na semana passada.
O general John Nicholson, comandante das forças americanas no país, disse que as baixas do Estado Islâmico têm aumentado, levando os jihadistas a aumentarem o uso de explosivos caseiros, bunkers e túneis.
"Esta é a munição adequada para reduzir esses obstáculos e manter a dinâmica da nossa ofensiva", concluiu Nicholson.
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