Decisão foi apoiada pelo Brasil na Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra, na Suíça. Brasil também apresenta avanços no cumprimento de metas da saúde definidos pela ONU
A decisão contempla a implementação de ações de saúde – como prevenção, controle e acesso a medicamentos – em articulação com outros setores, de forma a abranger, por exemplo, saneamento básico, e conscientização e educação das populações.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destacou a importância da resolução. "É essencial que as metas internacionais de saúde estejam alinhadas, sempre que possível, com os objetivos do Brasil. A esquistossomose está presente em 19 estados brasileiros, e é endêmica em 9. Essa é uma realidade que já estamos enfrentando, e a priorização pela OMS vem para fortalecer ainda mais nossos esforços", declarou.
No Brasil, as estratégias de vigilância e controle da esquistossomose buscam reduzir a ocorrência de formas graves e óbitos e da prevalência da infecção e indicar medidas para reduzir o risco de expansão da doença. O Ministério da Saúde desenvolve várias ações preventivas, como o diagnóstico precoce e tratamento, vigilância e controle dos hospedeiros intermediários, ações de educação em saúde e recomenda intervenções em saneamento.
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS– Durante a discussão de hoje, o Brasil sugeriu, ainda, a elaboração de uma resolução dedicada ao conjunto das doenças negligenciadas, a ser submetida em 2013, durante a próxima Assembleia Mundial da Saúde. A posição do Brasil é de que, integradas, as metas estabelecidas para as várias doenças serão atingidas com mais eficiência e efetividade.
AVANÇOS NO CUMPRIMENTO DE METAS DA ONU – Durante a assembleia, o Brasil também compartilhou seus avanços na busca de atingir os objetivos do milênio da área da saúde definidos pela Organizacão das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2015. Os resultados superaram as expectativas em duas metas – combate à Aids, tuberculose e malária, e redução da mortalidade infantil.
O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a fornecer acesso gratuito e universal ao tratamento contra aids. Atualmente, quase 200 mil pessoas tem acesso ao antiretroviral financiado pelo governo federal. Uma forte parceria com a sociedade civil também tem sido fundamental para a resposta à epidemia no país. De acordo com a UNAIDS, a prevalência do HIV no Brasil é de cerca de 0,5%, com cerca de 600 000 pessoas infectadas.
Também foi destacado que o Brasil reduziu praticamente pela metade (47%) a mortalidade infantil na última década. Em 2000, 29,7 a cada mil crianças nascidas não completavam o primeiro ano de vida. Em 2010, o índice reduziu para 15,6/1.000.
Os dados revelam que o Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordo internacional, que prevê uma taxa de mortalidade infantil de 15,7/1.000 nascidos vivos no país, para 2015, além de reforçar a política social que vem sendo conduzida pelo governo.
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