Uma equipe de neurocientistas da Universidade de Leicester (Inglaterra) descobriu o que pode se tornar a cura para o mal de Alzheimer. Testada em ratos de laboratório, uma substância química conseguiu barrar a morte dos neurônios. Ainda são necessárias mais investigações para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes.
A equipe liderada por Giovanna Mallucci focou nos mecanismos naturais de defesa formados em células cerebrais. Quando um vírus atinge uma célula do cérebro, o resultado é um acúmulo de proteínas virais. As células reagem fechando toda a produção de proteínas, a fim de deter a disseminação do vírus.
De acordo com reportagem da BBC, muitas doenças neurodegenerativas implicam na produção de proteínas defeituosas ou “deformadas”. Elas ativam as mesmas defesas, mas com consequências mais graves.
As proteínas deformadas permanecem por um longo tempo, resultando no desligamento total da produção de proteína pelas células do cérebro, levando à morte destas.
Esse processo, que acontece repetidamente em neurônios por todo o cérebro, pode destruir o movimento ou a memória, ou até mesmo matar, dependendo da doença.
Os pesquisadores usaram um composto que impediu os mecanismos de defesa de se manifestarem, que, por sua vez, interrompeu o processo de degeneração dos neurônios.
O mal de Alzheimer atinge mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), até 2050 o número de doentes deve triplicar.
“O que é realmente animador é que pela primeira vez um composto impediu completamente a degeneração dos neurônios. Este não é o composto que você usaria em pessoas , mas isso significa que podemos fazê-lo e já é um começo”, disse Giovanna Mallucci em entrevista à BBC.
O especialista Roger Morris, da King’s College London, afirmou: “Esta descoberta, eu suspeito, será julgada pela história como um acontecimento importante na busca de medicamentos para controlar e prevenir o Alzheimer”.
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