Neste 15 de junho, todos os brasileiros terão o privilégio de observar um belíssimo fenômeno celeste: o eclipse total da Lua. Neste dia, logo após o pôr-do-Sol, a Lua nascerá em sua fase cheia (condição fundamental para a ocorrência de um eclipse do gênero), e já nascerá sendo "engolida" pela sombra projetada do nosso planeta. Se as condições climáticas de sua cidade permitirem um céu sem nuvens, vale muito a pena dar um tempo de suas atividades e se dar ao prazer de ficar uma hora olhando para a Lua. Se você tem crianças em casa, leve-as para ver o fenômeno. É algo que marca, que fica como boa lembrança e instiga à curiosidade pelo estudo de Ciências.
Não é preciso trabalho algum para ver o eclipse. Basta identificar o ponto cardeal leste, que é onde o Sol e a Lua nascem. Mesmo que você não saiba onde fica o leste, veja como é fácil identificar: olhe para onde o Sol está se pondo.O leste estará exatamente às suas costas.
Mas você pode se perguntar: "a Lua é tão grande, tão visível, nem preciso saber onde é o leste para vê-la nascer". Isso é verdade, mas o problema é: e se onde você mora existirem prédios tapando a visão do leste? Você corre o risco de perder a visão do eclipse, pois ele não durará a noite toda, e sim apenas alguns minutos depois que a Lua se levantar no horizonte. Deste modo, identifique de antemão onde fica o leste, e procure um lugar que lhe permita ver a Lua nascer.
Astronomicamente falando, não é difícil compreender um eclipse lunar. Ele ocorre porque o Sol projeta a sombra da Terra sobre o disco da Lua, fazendo-a desaparecer gradualmente por algum tempo. Mas por que não ocorrem eclipses em toda Lua Cheia? Simplesmente porque há uma inclinação diferente nas órbitas da Lua em torno da Terra e da Terra em torno do Sol. Para haver eclipse lunar, é preciso que haja, também, o alinhamento, que só ocorre de tempos em tempos.
Eclipses são eventos periódicos tão belos quanto instigantes. Para nossos antepassados mais distantes, eram razão para grande temor. Imagine a cena: as pessoas estão trabalhando, e eis que de repente algo parece apagar o Sol. Ou devorar a Lua. Não à toa, a superstição popular atribuía a tais eventos significados de péssimo agouro. Um eclipse seria um sinal maligno do céu que traria grande sofrimento ao povo daquela região. Dizia-se que um eclipse solar era sinal da morte de um rei, e coisas do gênero. Nossa percepção das coisas mudou, e agora sabemos que eclipses são muito mais motivo de admiração e fascínio do que de temor.
E para a Astrologia, o que significa um eclipse lunar?
Para os antigos, não era um bom sinal, mas por motivos que eram mais supersticiosos do que dignos de nota. Atualmente, há uma tendência de boa parte dos astrólogos em reavaliar o significado dos eclipses, compreendendo-os como um momento especial de hipersensibilização de determinadas áreas do mapa astrológico de cada pessoa. Esta hipersensibilização não é necessariamente negativa, mas se o indivíduo não tiver muita consciência do processo, pode passar por dias complicados.
O próximo eclipse lunar do dia 15 de junho ocorrerá no eixo Gêmeos-Sagitário, próximo a 25 graus, afetando portanto de modo mais poderoso as pessoas que nasceram no terceiro decanato destes signos.
O terceiro decanato equivale aos últimos dez dias de cada signo. Para Gêmeos, envolve aproximadamente o período que vai de 10 a 20 de junho. Para Sagitário, o período que vai de 10 a 20 de dezembro. Se você nasceu nos períodos indicados, este eclipse do dia 15 tem mais a ver com você, que provavelmente se sentirá mais confuso(a) por aproximadamente 29 dias, tendendo a reagir de modo excessivo a coisas que antes não te afetariam. O eclipse afeta também especialmente a sensibilidade das pessoas que têm o Ascendente em Gêmeos ou Sagitário, mas especialmente aquelas que nasceram com o Ascendente entre os graus 23 e 25 deste signo (algo que você pode checar vendo o seu Mapa Astral Personare). O eclipse lunar pode também afetar pessoas com outras características astrológicas, mas apenas uma consulta a um astrólogo de confiança poderá detalhar com pormenores o que este fenômeno pode significar em seu mapa. De todo modo, é como eu disse: temos mais motivos para nos fascinar com a beleza do evento do que razões para nos preocuparmos. Relaxe. Há muito tempo não temos mais medo do lobo mau. Nem dos eclipses! A Lua vai, o céu escurece, as trevas dominam... mas eis que a luz retorna em todo seu esplendor. Particularmente, é assim que vejo um eclipse: sinal de que, mesmo na súbita escuridão, a luz sempre há de retornar...
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