O infarto é uma das doenças do novo século, que além de ser causada por fatores de risco tradicionais pode também ser causado por fatores emocionais, como depressão e estresse. (Foto: Divulgação)
Muitas pessoas se preocupam com o mal a longo prazo e não sabem que as chances de sofrer algum mal súbito está aumentando a cada dia. O aumento se dá pela junção de diversos fatores que estão se tornando cada vez mais comuns na vida dos brasileiros. Um dos mal súbitos que mais tem atingido a população, inclusive a população mais jovem, é o infarto.
Uma dor no peito, formigamento no braço, normalmente caracterizam e são sintomas de que algo de errado está acontecendo. Mas uma dor no coração, como se algo estivesse o cortando ou rasgando-o, dor causada normalmente por uma desilusão amorosa, não chega a ser muito preocupante para a população. É aí que mora o perigo. É preciso ficar atento até mesmo a dores assim, as dores de amor.
Dor de amor causa infarto
O infarto tem se tornado a doença do novo século porque está atingido cada vez mais jovens e por mais motivos do que os convencionais. Dentre todos os fatores de risco para o infarto, a dor de amor tem feito parte da estatística, ou seja, a depressão e os problemas emocionais estão se tornando causas frequentes de infarto em jovens. A incidência de infartos atípicos vem aumentando a cada dia, o que surpreende a medicina, levando a investigações mais afundo.
Como ocorre?
Quem passa por problemas emocionais fortes ou até uma depressão sofre alterações significativas no coração, que foram verificadas por especialistas. Ao confrontar com esses pacientes, especialistas constataram que as artérias do coração sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. Foi verificado que o processo é bem semelhante ao que ocorre em um infarto tradicional, infarto que pode ser causado por fatores como obesidade, tabagismo, diabetes e hipertensão. Mas no caso do infarto analisado, foi causado por fatores emocionais.
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Quando analisado, foi visto que a passagem de sangue é obstruída não pelas tradicionais placas de gordura, como é comum em infartos tradicionais, mas é causado por um estreitamento das paredes da artéria, o que se torna responsável pela interrupção do fluxo. Segundo pesquisas, o mesmo ocorre em casos de overdose de drogas como crack e cocaína, ou ainda pelo uso de anabolizantes.Tweet
Além disso, pacientes assim possuem uma alteração das plaquetas, o que também pode levar a uma interrupção do fluxo.
Fatores que causam o Infarto
O Infarto é decorrente de uma necrose de uma parte do músculo cardíaco que é causada pela ausência de irrigação sanguínea, evitando a chegada de nutrientes e oxigênio ao coração. Basicamente, são três os fatores que causam o infarto: obstrução por gordura, obstrução por coágulo e obstrução brusca.
Obstrução por gordura: quando placas de gordura se aderem às paredes das artérias até que ocorra o entupimento total, causando o infarto. Fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol.
Obstrução por coágulo: ocorre a formação de um coágulo de sangue ou um trombo, que acaba obstruindo as artérias, causando o infarto. Fatores de risco: problemas emocionais, como depressão e estresse, associados a combinações genéticas ou associado a algum fator já conhecido.
Obstrução brusca: ocorre quando as paredes da artéria se juntam bruscamente, comprimindo a passagem de sangue e causando o infarto. Fatores de risco: problemas emocionais, como depressão e estresse, associados a combinações genéticas. Além do consumo de anfetaminas e drogas como crack e cocaína.
O fator genético e o fator emocional
Muitos estudos mostram que cerca de 15% dos infartos que não foram causados pelos fatores de risco tradicionais, foram desencadeados por processos que se iniciaram no ambiente psicológico. Mas claro que quando se trata de “coração partido”, é preciso que ultrapasse esse âmbito psicológico e tenha uma série de combinações genéticas e ambientais.
É como se funcionasse como um processo de chave e fechadura. No caso, a predisposição dos genes é a fechadura. É como se a porta estivesse fechada e a chave fosse o estresse emocional. Quando um fator encontra o outro, a porta se abre e a doença aparece.
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