O sangue é um dos tecidos mais importantes do corpo humano: ele leva nutrientes, oxigênio, hormônios, anticorpos e muito mais para as células, e retira delas os excretas (metabólitos) e o gás carbônico.
Mas cada tipo sanguíneo possui características únicas, que podem causar estragos se estiverem no corpo errado; por isso, é muito importante que você conheça os tipos sanguíneos - e o que eles significam.
Cientistas acreditam que os diferentes tipos que conhecemos surgiram à medida que os primeiros humanos se adaptaram a doenças infecciosas. Por exemplo, a malária pode estar por trás do tipo O:
é mais predominante na África e em outras partes do mundo que sofrem com a malária, sugerindo que o tipo sanguíneo possui algum tipo de vantagem evolucionária. (...) Nesse caso em particular (...) células infectadas com malária não se unem direito às células de sangue dos tipos O ou B (...) Por isso, pessoas com o tipo O ficam menos doentes quando são infectadas pela malária".
Hoje, os tipos são classificados de acordo com "a presença ou ausência de dois antígenos, A e B, na superfície dos glóbulos vermelhos".
Além disso, o sangue também é descrito como positivo ou negativo, de acordo com a presença ou ausência do fator Rh.
Antígenos e anticorpos
De uma forma geral, antígenos são "qualquer substância à qual o sistema imunológico pode responder". No que diz respeito ao sangue, "a membrana de cada glóbulo do sangue contém milhões de antígenos que são ignorados pelo sistema imunológico (...)
também podem ser formados em resposta a diferentes grupos sanguíneos".
Fator Rh
A maioria das pessoas (cerca de 85%) possui uma proteína especial em suas células sanguíneas, chamada de fator Rh, o que que as torna Rh positivo; as outras, que não possuem o fator Rh, são chamadas Rh negativo.
Mulheres que já ficaram grávidas devem lembrar do teste de Rh, que procura por qualquer incompatibilidade: "Se
vai reagir ao sangue do bebê como sendo um invasor. O corpo
os anticorpos contra o Rh podem cruzar a placenta e atacar as células vermelhas do bebê (...) levando o bebê a uma anemia hemolítica".
Por sorte, se uma incompatibilidade for descoberta cedo, há um tratamento pré-natal (imunoglobulina anti-Rh) que vai prevenir os problemas antes mesmo que comecem.
Tipo A
No Brasil, os tipos sanguíneos mais comuns são o O e o A, que abrangem 87% da população. O tipo A é caracterizado pela presença do antígeno A em seu glóbulos vermelhos e do anticorpo B em seu plasma.
Ele é seguro para ser doado para outros com o tipo A e para os que tiverem o tipo AB. Além disso, pessoas com o tipo A também podem receber transfusões de sangue tipo O.
Tipo BEsse tipo é relativamente raro (só ganhando do AB), presente em 10% dos brasileiros. Ele contém o antígeno B nos glóbulos vermelhos e o anticorpo A (para atacar antígenos A) em seu plasma.
Pessoas com o sangue tipo B podem doar com segurança para outras com o mesmo tipo, assim como para as com sangue AB. Quem tem o tipo B também pode receber sangue do tipo O com segurança.
Tipo ABIncomum, apenas 3% dos brasileiros possuem o sangue tipo AB. Ele é caracterizado pela presença tanto de antígenos A quanto B em suas células vermelhas, e nenhum anticorpo em seu plasma (ou seja, nada irá atacar o sangue recebido de fora).
Por essa razão, aqueles com o tipo AB são às vezes chamados de receptores universais, porque podem receber sangue de qualquer um. Mas, devido à presença de ambos os antígenos nos glóbulos vermelhos AB, as pessoas com esse tipo só podem doar para outras com o mesmo tipo.
Tipo OComo dissemos, os tipos sanguíneos O e A são os mais comuns no Brasil. O tipo O não tem nem antígenos A nem B em suas células vermelhas, mas possui anticorpos tanto do tipo A quanto do tipo B em seu plasma.
Por isso, aqueles com o sangue tipo O só podem receber esse tipo em transfusões, já que os anticorpos em seu plasma atacariam qualquer outro tipo; porém, aqueles com o tipo O podem doar sangue para qualquer um, já que o tipo O é livre de antígenos que agridam o sistema imunológico. Por isso os com tipo O são chamados "doadores universais".
Antes de qualquer transfusão de sangue, o hospital faz um teste para determinar seu tipo sanguíneo. Ou seja, não é um problema se você não souber qual é o seu tipo: na verdade, o hospital fará o teste de qualquer maneira.
Afinal, caso você receba o tipo errado, podem acontecer coisas muito ruins, como explica o National Institute of Health: pode causar insuficiência cardiovascular. A grande quantidade de tromboplastina liberada pelos restos de glóbulos vermelhos, que ativa um efeito cascata incontrolável de coagulação, também pode causar estado de choque.
Como doar sangue- estar em boas condições de saúde;
- pesar no mínimo 50 kg;
- estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
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muito interessante!
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